
Biodiversidade
Fauna
Num parque natural de aspecto tão agreste, seco e inóspito como o das Serra d’Aire e Candeeiros, seria de prever que as espécies animais não abundassem. Porém, devido á existência de uma grande variedade de habitats, esta Área Protegida esconde uma enorme diversidade faunística, sobretudo vertebrados terrestres. A presença de 13 espécies de anfíbios no parque é um fenómeno surpreendente, uma vez que se trata de uma área com carência de água á superfície.
Os anfíbios aproveitam todos os possíveis locais para a postura e desenvolvimento das larvas, seja nos pontos de água permanentes do parque, seja nas formas tradicionais de armazenamento das águas pluviais. Sendo assim podemos encontrar (por exemplo):
•a salamandra-de-costas-salientes;
•o tritão-marmorado;
•a salamandra-de-pintas-amarelas;
•tritão-de-ventre-laranja;
•sapo-comum;

Também os répteis estão bem representados no parque (14 espécies).
Sendo assim podemos encontrar (por exemplo):
•a lagartixa-do-mato-ibérica;
•a víbora-cornuda;
•a lagartixa-do-mato;
•a cobra-rateira;
•a cobra-de-escada.

As aves são o grupo com maiores representantes no Parque nacional de Serra d’Aires e Candeeiros.
Senso assim podemos encontrar (por exemplo):
•a águia-de-Bonelli;
•o bufo-real;
•o corvo;
•o melro-azul

Nas pastagens podemos observar(por exemplo):
•a gralha-de-bico-vermelho
•o chasco-ruivo
•a petinha-dos-campos
Os registos históricos relatam a presença do lobo nas serras calcárias do parque. Hoje, devido sobretudo á pressão humana, não existem mamíferos de grande porte no Parque Nacional das Serras d’Aire e Candeeiros.
Os mocegos também estao representados neste parque por cerca de 18 espécies sendo a maioria cavernícola.
Flora
No Parque Nacional das Serras d’Aire e Candeeiros a presença humana, aliada ao clima e tipo de solo, reflecte-se na flora e vegetação actualmente dominantes. As actividades humanas, contribuíram para a progressiva substituição dos bosques de carvalhais por extensas áreas de matas de grande interesse florístico e pleno de espécies endémicas.
Até hoje, conhecem-se cerca de seiscentas espécies vegetais nesta Área Protegida. Os antigos bosques de carvalho negral, carvalho-cerquinho, sobreiros e azinheiras constituem hoje verdadeiras relíquias do passado que subsistem neste parque em condições climáticas muito singulares.

Os matagais, espelho da influência do Homem no parque, revestem-se de uma fabulosa riqueza florística. Estão repletos de plantas aromáticas, como o alecrim, o rosmaninho e o to-minho, medicinais, como a salva-brava e a perpétua-das-areias, várias espécies de orquídeas e até plantas carnívoras, como a erva-pinheirinha-orvalhada.

História
O parque Nacional doas serras d´aire e Candeeiros, os vestígios da ocupação humana remontam à pré história, nos registos deixados pelas homens como as grutas, algares, muros de pedra seca, pias, caleiras e as cisternas.
gruta de Mira d´Aire
As casas da beira serra e das depressões são casas de dois pisos, emolduradas por alpendres e anexos. As casas das aldeias no cimo dos montes têm apenas um piso.
Existem ainda moinhos de vento, os lagares de azeite e as azenhas, que são o testemunho das actividades sócio - económicas das populações serranas.

No sopé da serra de Candeeiros encontram-se as salinas naturais de Rio Maior, as únicas em Portugal ainda em exploração. As duas pirâmides de sal retratadas no Brasão da cidade de Rio Maior reflectem bem a importância económica das Marinhas do Sal para a região.
Clima
No Inverno as chuvas abundantes lembram as regiões nortenhas, o tempo quente e seco do Verão é típico das terras do Sul. Os ventos são presença frequente no parque.
Geologia
O parque Natural das Serras d´Aire e Candeeiros contêm o mais importante conjunto calcário português, o Maciço Calcário Estremenho. Neste maciço diferenciam-se três sub-unidades, que correspondem às zonas elevadas. A Oeste situa-se a Serra dos Candeeiros; no Centro e Sul ergue-se o Planalto de Stº António; e a Norte e Este, respectivamente, o Planalto de S. Mamede e a Serra d´Aire.
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